A Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense suspendeu a realização do vestibular para o curso noturno sob a alegação de risco à qualidade do ensino na instituição. Em nota, a direção do curso explica que a ação se deve à falta de “a falta de recursos humanos para a execução de seu projeto pedagógico com qualidade e condições de trabalho docente”.
A ação, na opinião da APESJF, é um claro sintoma das tentativas de expansão do ensino superior no Brasil sem a devida expansão dos recursos destinados, o que aumenta a precarização do ensino e rebaixa as condições de trabalho dos docentes.
Segue a nota “O Curso dispõe de 39 (trinta e nove) docentes efetivos, sendo 35 (trinta e cinco) em regime de Dedicação Exclusiva (D.E.) e 04 (quatro) em regime de 20 (vinte) horas de trabalho. Para tal efetivo de professores, temos 1.086 (hum mil e oitenta e seis) discentes matriculados em 2011/01, o que torna explícita a inviabilidade do funcionamento do Curso e de uma formação pautada nas Diretrizes Curriculares, que prime pela qualidade e indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pois efetivamente não há docentes em número suficiente para cobrir sequer a grade curricular do Curso, o que dirá orientar discentes em projetos de Iniciação Científica, Monitoria e Extensão".
A faculdade afirma ter ultrapassado há muito tempo a RAP (Relação Aluno Professor)1 exigida pelo REUNI – de 01 docente para 18 alunos –, com uma RAP atual de 01 docente para 34,38 alunos. Mesmo com esta elevada relação Aluno Professor, a ESS/UFF – Niterói recebeu, desde 2007, duas vagas REUNI de docentes, o que é insuficiente para efetivar uma formação com qualidade”.
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